Dados do Trabalho


Título

MICROPERFURAÇAO DA DESCEMET APOS DALK: COMO CONDUZIR

Objetivo

Apresentar caso de ceratoplastia lamelar anterior profunda (DALK) complicado com formação de bolha tipo 2 que evoluiu com microperfuração e fibrose da membrana de Descemet (MD) receptora, bem como conduta e resultado subsequente.

Relato do Caso

Masculino, 22 anos, ceratocone avançado em AO, submetido a DALK OD, evoluindo com formação de bolha tipo 2 e conversão para técnica manual. Intercorreu com microperfuração da MD receptora, realizado iridectomia inferior e bolha de ar total, na tentativa de evitar conversão para técnica penetrante (PK). Após reabsorção parcial do ar, observado dupla câmara anterior persistente e realizado descemetopexia pneumática com gás perfluorpropano, sem sucesso. Paciente evoluiu com fibrose, opacificação da MD e toque endotelial central, necessitando reabordagem precoce para retirada da MD receptora retida. Procedimento consistiu na excisão atraumática manual da MD com lâmina de 15 graus e vannas, bem-sucedido. A córnea doadora permaneceu saudável e transparente após 1 dia e houve melhora na AV para 20/80 após 7 dias.

Conclusão

O DALK é um transplante lamelar seguro e boa alternativa para ceratocone avançado, uma vez que, comparado com PK demonstrou vantagens como menor risco de rejeição e maior sobrevida endotelial. O DALK apresenta complicações intra e pós-operatórias, sendo a intraoperatória mais comum a perfuração da MD, na qual microperfurações podem ser corrigidas com auxílio de ar ou gás na câmara anterior ou remoção manual da membrana residual, como no caso acima.

Palavras Chave

Ceratocone; Ceratoplastia; Membrana de Descemet.

Área

Córnea e Doenças Externas Oculares

Instituições

INSTITUTO DE OLHOS CIÊNCIAS MÉDICAS - Minas Gerais - Brasil

Autores

HUGO DE REZENDE MAFRA, ISADORA BRITO COELHO, LEONARDO COELHO GONTIJO