Dados do Trabalho


Título

TROCA DE CRISTALINO TRANSPARENTE APÓS EXPLANTE DE ICL: RESOLVENDO UM CASO DESAFIADOR

Objetivo

Relatar caso de paciente que realizou implante de ICL causando perda endotelial progressiva. Realizado explante, evoluiu com sinéquia anterior, piora da perda endotelial e insatisfação refracional, sendo optado pela troca de cristalino transparente.

Relato do Caso

RW, 47 anos, feminino, implante de ICL em AO para correção de alta miopia em 2010. Comparece a consulta de rotina em 2016 com AvCc 20/25(pl -1.00x180 e -1.25 -1.00x20). À biomicroscopia, ICL entre íris e cápsula anterior, PIO e FO alterações. MEC com contagem endotelial (CD) 2179 e 2170; Paquimetria 522 e 526. Em 2018, paciente retorna com mesma Av e paqui, porém com CD 1419 e 1428. Com hipótese de perda endotelial causada pela ICL, optado por realizar o explante da LIO. No pós operatório, AvCc -11.00 esf (20/30) e -12.50 -1.50x10 (20/40), sinéquia anterior nasal em OD, sem alterações OE, CD 1162 e 1395(com polimegatismo) e paquimetria mantida. Em 2020, retorna insatisfeita, persistindo sinéquia anterior, CD 1010 e 1390. Optado por realizar a extração de cristalino transparente em AO. Procedimento sem intercorrências, desfeita sinéquia anterior OD, evoluiu com AvSc 20/20 J1, CD 921 e 1086. Paciente satisfeita, contagem endotelial mantida.

Conclusão

A demanda por cirurgias refrativas tem crescido atualmente. As lentes fácicas são alternativas principalmente quando a ablação corneana é inviável. O caso descrito mostra complicações decorrentes do implante/explante da ICL, bem como o manejo bem sucedido do caso, mas com risco endotelial futuro.

Palavras Chave

Lente fácica, ICL, cirurgia refrativa, perda endotelial

Área

Cirurgia Refrativa

Instituições

IPSEMG - Minas Gerais - Brasil

Autores

Alice Purri Coelho e Sousa, Vitor Hugo Camargo, Gabrielle Stephanie de Paula da Lomba, Lucas Alves de Almeida, Gustavo Heleno de Albuquerque Temponi