Dados do Trabalho


Título

CERATITE INFECCIOSA FUNGICA, UMA ALTERNATIVA AO TRATAMENTO: RELATO DE CASO

Objetivo

Descrever um caso clínico de ceratite infecciosa fúngica com tratamento alternativo bem sucedido de injeção intraestromal de Anfotericina B

Relato do Caso

F.F.P., 31 anos, masculino, referia dor ocular e BAV OE há 13 dias, após trauma com inseto. Negava antecedentes pessoais ou oftalmológicos.
Ao exame: AVCC: OD: 20/20; OE: CD 1M; BIO: OD:NDN; OE:HCB 4+, córnea com área F+ de 2,5x2,5mm temporal inferior, distando 1,5mm do limbo, com infiltrado perilesional, CAF, RCA 2+, fácico; PIO 15/11; FO: NDN AO. Hipótese de ceratite infecciosa de alto risco em OE. Coletado cultura e iniciado Moxifloxacino 5,45mg 1/1h tópico, Tropicamida 1% 8/8h. Retorna após 48h com aumento do infiltrado e hipópio 1mm. Bacterioscopia: leveduras e pseudohifas. Iniciado tratamento para ceratite fúngica: Anfotericina B 1/1h + Cetoconazol 200mg VO 12/12h. Paciente não adquiriu Anfotericina B. Realizado injeção subconjuntival de Fluconazol 1mg + Anfotericina B intraestromal 5µg 72/72h (4 ao todo). Nove dias após inicio do tratamento, relata melhora da dor, AVCC de 20/80, infiltrado de 1x1mm, sem hipópio. Cultura: Aspergillus spp. Paciente adquiriu no mesmo dia colírio de Anfotericina B, iniciou em conjunto com injeção intraestromal. 40 dias após, paciente apresentou AVCC 20/50, com BIO: córnea clara, F-, sem infiltrado.

Conclusão

O manejo da ceratite fúngica é complexo e requer acompanhamento próximo. O uso intaestromal de Anfotericina B é uma opção, prometendo menor período de recuperação e sucesso no tratamento.

Palavras Chave

Ceratite infecciosa; Injeção intraestromal; Anfotericina B, Fungo

Área

Córnea e Doenças Externas Oculares

Instituições

Banco de Olhos de Sorocaba - São Paulo - Brasil

Autores

Marco Antônio de Andrade Júnior, Júlio Rezende de Andrade, Victor Ferro Berton, Bruno Massih de Oliveira, Cloaci Leal Rodolfo Martins Filho, Adriana dos Santos Forseto